O poder de influenciar mudou de instituições estabelecidas para redes dispersas. As redes sociais permitem que se influencie de um modo que seria impensável na entrada do milénio.
É notório que a educação está novamente num impasse que anuncia uma convulsão com resultados imprevisíveis. O Governo terá de recuperar o tempo de serviço dos professores e a plataforma sindical não poderá assinar uma versão que não o contemple. E se a mesa negocial voltou a não valorizar (como em 2008) as redes sociais e a saturação dos profissionais, o executivo adiou o inadiável. Agravar-se-á se a entrada no quadro de professores não continuar a obedecer a um concurso nacional por lista graduada.
Para além disso, há quem pense erradamente que é suficiente esperar pela reforma da geração que está nos últimos 3 a 7 anos de exercício. Se essa geração trabalhou mais 10 a 15 anos que a anterior, e sofreu tantos outros efeitos austeros ou de excessos ideológicos, a geração que tem que percorrer 10, 15 ou mais anos foi também alvo da não contagem do tempo de serviço, das cotas e vagas na avaliação kafkiana, de outros travões na carreira, da condição de contratado anos a fio e de um impensável clima de parcialidade.