Portugal necessita de professores na zona metropolitana de Lisboa e no Algarve, mas na realidade a maioria dos cursos de formação inicial de professores são nas universidades do norte, nem estão a norte do Mondego, estão a norte do Douro.
As universidades em Portugal possuem autonomia científica, pedagógica, administrativa e financeira, conforme previsto na Lei n.º 108/88.
No entanto, a abertura de novos cursos, incluindo licenciaturas, geralmente requer autorização do Ministério da Educação e Ciência (MECI). Isso garante que os cursos atendam aos padrões de qualidade e às necessidades do mercado de trabalho.
Nos últimos anos, os cursos de formação inicial de professores foram criados no norte, e na verdade existe trabalho a sul do Mondego, estamos a enganar os jovens professores e as suas famílias, que fazem um investimento nos seus filhos.
Um jovem, quando saí de sua casa para a universidade, cria laços e geralmente poderá ficar na cidade ou zona que estudou. Se o governo abrisse cursos de formação inicial de professores nas zonas deficitárias, estaria a resolver o problema da falta de professores.
Se o governo quiser resolver o problema de falta de professores, deveria abrir vagas para os mestrados. Conheço jovens que não obtiveram vaga para esses mestrados.
Como não devemos apontar um problema sem dar uma solução, as minhas sugestões são:
Abrir cursos nas zonas deficitárias que já estão identificadas.
Aumentar o número de vagas nos mestrados de educação.
Um bom ano letivo.
Elisa Manero
