A esquerda fofinha gosta de atribuir culpas como quem dá taças. O Senhor Ministro Fernando Alexandre não pode ser responsável pelo departamento informático de um Ministério inteiro que apresenta dificuldades em produzir corretamente, (por tudo aquilo que se afere no decorrer das colocações).
Em Portugal, cerca de 5.807.704 agregados familiares submeteram a declaração de IRS em 2022. Este número inclui famílias que declaram rendimentos de salários, pensões, rendimentos empresariais, de capitais ou prediais.
Para o ano letivo de 2021-2022, cerca de 63.878 estudantes candidataram-se à 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior público em Portugal. Este número tem vindo a crescer nos últimos anos, refletindo uma confiança crescente na formação superior.
Para o próximo ano letivo, 46.088 professores efetivos inscreveram-se no concurso interno para mudar de escola.. Este número representa um aumento de 37% em relação ao concurso anterior, em 2022, quando 33.700 professores pediram transferência.
Na administração pública, o uso de plataformas informáticas já tem vinte anos e veio melhorar a vida dos cidadãos, nomeadamente a entrega do IRS. No dia 1 de Abril eu submeti o IRS e no dia 17 de abril, o reembolso já entrou na minha conta. Esta plataforma informática segundo dados de 2022, abrange 5 milhões de famílias.
No acesso ao Ensino Superior existem 60.000 vagas para cerca de 70 000 alunos. Em vinte dias as colocações no Ensino Superior ficam resolvidas e as plataformas informáticas são eficientes a fazer a sua função.
Pela primeira vez no dia 9 de junho tiveram lugar as eleições para o Parlamento Europeu foram em formato eletrônico e não existiam barreiras para a votação. Correu lindamente. Votaram quase 4 milhões de eleitores.
Mas não podemos pensar que está tudo bem, não é igual no Ministério da Educação, há problemas informáticos, que em princípio não podem ser atribuídos ao governo, porque se a plataforma fiscal funciona maravilhosamente bem, na educação, as plataformas também precisam e deveriam funcionar
Os problemas informáticos começam no Portal das Matrículas e terminam na colocação de professores.
No Portal das Matrículas, as restrições informáticas obrigaram ao adiamento do prazo de inscrição. Aqueles que se registaram online tiveram dificuldade em recolher informações aparentemente inúteis. O tempo médio de matrícula de um aluno, incluindo o envio de documentos, pode chegar a uma hora. A população portuguesa tem uma baixa cultura digital e os encarregados de educação são assistidos por técnicos administrativos das secretarias das escolas e pelos Coordenadores dos cursos profissionais, com poucos funcionários para colaborar no processo.
Nas plataformas de colocação de docentes todos os anos acontece o mesmo facto, os Professores só são colocados em Agosto.
Embora a colocação de professores seja digital, acredito que o processo deve começar mais cedo, pelo menos 6 meses para permitir que os professores saibam onde irão trabalhar durante o próximo ano letivo, ainda no mês de julho. Por exemplo nos Açores funciona assim. Nada de novo, mas é algo bom, útil e que se deve repetir.
Qualquer dia não existem empresas de desenvolvimento informático a trabalhar para o Ministério da Educação.
Podemos sempre por hipótese considerar que estando junto ao Rio Tejo, o Ministério da Educação é assombrado pelo velho do Restelo e nem mesmo o Consílio dos Deuses D`Os Lusíadas irá conseguir que os resultados da colocação de Professores seja, antes de Agosto…. como tem acontecido nos últimos 20 anos.
Deixo a seguinte sugestão: reformar os técnicos e mentores das plataformas informáticas do ME e pedir emprestados os profissionais da informática ao Ministério das Finanças ou ao Ministério da Administração Interna. Pode ser que assim deixem de aparecer possíveis problemas informáticos ainda maiores nos Governos PSD.
O que tem acontecido nos últimos 20 anos no Ministério da Educação? Ninguém fala sobre isto?