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10 técnicas para melhorar imediatamente sua aula com o uso adequado da lousa e giz – Rodrigo Fulgêncio Mauro

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Conheço, porém, docentes de todos os segmentos, do Ensino Fundamental ao Superior, que apenas com lousa e giz são excelentes professores: engajam e motivam os alunos, conseguem criar um vínculo fantástico com a classe e os resultados acadêmicos dos alunos evidenciam a eficiência das suas metodologias.

Embora eu concorde que precisamos acabar com a “ditadura” da aula expositiva, começar a explorar outras metodologias de ensino e incorporar cada vez mais a tecnologia em sala de aula, não acredito que o padrão de aula expositiva deva ser totalmente descartado, pois ele também é eficiente e pode ser muito útil para o estabelecimento do alicerce de uma grande parte do conteúdo.

Muitos países que fizeram reformas educacionais bem-sucedidas e hoje estão no topo do PISA não abandonaram os modelos de aula expositiva tradicional. Eles utilizam esta estratégia clássica em harmonia com outras metodologias de ensino.

O problema não está nas carteiras viradas para frente ou nas ferramentas (sejam elas lousa, giz, powerpoint, celular, lousas digitais, …) e sim como essas ferramentas são utilizadas, como os vínculos são construídos e como a cultura de respeito, exigência e disciplina é estabelecida pelo professor em sala de aula, independentemente da metodologia utilizada. Professores que dominam esses elementos conseguem dar excelentes aulas até mesmo sem lousa e giz.

Reforma educacional é uma questão social e não um desafio tecnológico.

A lousa é uma das ferramentas de trabalho do professor. Ela é prática, versátil e muito poderosa. Serve para organizar e gerenciar o conteúdo que está sendo lecionado. Muitos alunos gostam, quando ela é bem utilizada, pois podem ter um caderno com as principais anotações e referências da aula. Assim, fica mais fácil o estudo em casa e consequentemente o aprendizado.

Além disso, a escrita cadenciada e calma do professor fornece ritmo para a aula, possibilitando pausas essenciais para sedimentar o conhecimento. São nessas pausas que o aluno consegue “respirar”, memorizar, tirar dúvidas e refletir sobre o que foi ensinado.

A lousa melhora o relacionamento com a turma, pois respeita o ritmo do aluno e o envolve, deixando-o mais seguro. Isto aumenta também o domínio da classe, auxiliando na liderança do professor.

Para o professor, fazer uma boa lousa é prazeroso e propicia um reconhecimento dos alunos. Faz bem para a carreira e torna-a mais produtiva!

A clareza, porém, é muito mais importante do que a estética. O quadro precisa ser FUNCIONAL. O perfeccionismo desvia totalmente o foco – não pode ser uma “obra de arte”. Se além de funcional a lousa for bonita, ótimo! Mas a beleza não é algo indispensável.

Vamos explorar 10 boas práticas que podem ser utilizadas por professores das mais variadas disciplinas nos mais variados segmentos de ensino (faculdades, escolas de educação básica, cursinhos, preparatórios para concursos públicos, cursos de línguas, etc.).

1. Realize uma cuidadosa seleção do que vai ser escrito e como será escrito.

Uma qualidade essencial de uma boa preparação de aula é a seleção do que é o mais importante. Em geral, professores iniciantes dão o mesmo peso para tudo. Os alunos, porém, querem um norte, um direcionamento do que é mais relevante. E o conteúdo principal precisa estar nas anotações dos alunos.

A lousa vira caderno e o caderno tem que lembrar a aula.

Alguns pontos de atenção:

  • o quadro não precisa ter todos os detalhes – cuidado com os excessos. Selecione os principais conceitos, definições e exercícios que devem estar na lousa. O que é importante precisa estar escrito!
  • frases muito longas demoram para ser escritas e copiadas pelos alunos. Por isso prefira a concisão, utilizando tópicos (bullets);
  •  a clareza é a principal preocupação. Por isso a organização, a ordem lógica e a simplicidade nas ilustrações são muito importantes.

Muitos professores gostam de utilizar uma folha A4, com divisões, para fazer um rascunho de como ficará na prática. Porém existem muitas diferenças de dimensão da lousa que influenciam a disposição do conteúdo. Tome cuidado com isso!

2. Organize o conteúdo com títulos e subtítulos

Tentar entender uma lousa sem títulos ou tópicos é uma tarefa tão difícil quanto estudar por um livro que não possui capítulos, nem subdivisões. Por isso os títulos e subtítulos de uma lousa são importantes para:

  • organizar o conteúdo, gerando um visual que facilita a leitura e o entendimento da aula;
  • ajudar no estudo em casa, facilitando a tarefa do aluno quando este procura uma informação específica;
  • permitir ao aluno “saltar” de seção em seção conforme o seu interesse, pois assim ele pode retomar mais facilmente o estudo se for interrompido.

Um dos maiores benefícios desse nível de organização é que ele transmite segurança e confiança para os alunos e mostra que a aula está estruturada, com começo meio e fim. Isso acaba melhorando também a autoconfiança do professor durante a aula. Essa técnica é útil para todas as matérias, não só as exatas!

Existem várias maneiras de se utilizarem as numerações para ajudar a organização do conteúdo. Eu gosto de utilizar:

  • título principal, sem numeração, para algum assunto que irá durar algumas semanas;
  • algarismos arábicos (1, 2, 3, …) para os subtítulos;
  • letras (a, b, c, ….) para as subdivisões;
  • letras com números (a.1, a.2, a.3, …) para subdivisões auxiliares, caso sejam necessárias.

Um aluno que dê uma “piscada” precisa olhar para a lousa e entender o que está acontecendo. Os títulos e subtítulos ajudam a situar o aluno no mar de informações.

3. Utilize cores para destacar conteúdos importantes

As cores servem primariamente para diferenciar conteúdos, ressaltando o que é mais importante e ajudando a clareza das explicações, portanto elas têm uma finalidade pedagógica e não meramente estética.

É importante estabelecer o seu padrão de cores. Em lousas verdes de giz, o branco deve predominar. Para as lousas brancas, é mais adequado o preto para boa parte do conteúdo. Os títulos devem ter sempre a mesma cor, assim como os subtítulos. Quando utilizo lousas verdes, eu gosto do laranja para os títulos principais, amarelo para os subtítulos (depois do branco é a cor que uso mais) e verde para as subdivisões. Alguns destaques prefiro fazer em rosa (como definições ou destaques).

Manter as mesmas cores para elementos similares ajuda a clareza. Não existe uma regra definitiva, contanto que você adote algum padrão.

Alguns cuidados importantes:

  • seja comedido – o exagero (mudança de cores a cada palavra, por exemplo) não auxilia e só torna tudo mais confuso. Além disso, muitas vezes os alunos não possuem tantas canetas coloridas para acompanhar toda essa mudança;
  • cuidado com cores que os alunos não enxergam. O giz azul, por exemplo, dificilmente é visto dependendo da iluminação da sala.

Um colega, professor de História do Brasil, tem como padrão utilizar o giz verde quando anota na lousa algum tópico que era de História Geral. No meu caso, na Física, costumo escrever o vetor da Força Peso sempre com a mesma cor, deixando mais didático no diagrama de forças a diferença entre os vetores esquematizados.

Quando você estiver mais experiente e tiver repetido a aula algumas vezes, já saberá exatamente a quantidade de gizes de que precisará e a posição na calha de cada cor. Fazer essa distribuição no início da aula evita muitas movimentações pelo tablado. Obviamente esse é um refinamento de nível mais elevado que não é indispensável.

4. A letra deve ser legível e a escrita cadenciada

O princípio básico sobre a grafia é que a letra deve ser completamente legível e visível, de todas as posições da sala de aula. Portanto:

  • faça uma letra grande, que seja visível do fundo da sala. Salas muito grandes exigem letras maiores! Tanto faz se for cursiva ou de forma;
  • se a sua letra ainda não é legível, treine. Uma sugestão para quem tem dificuldade é escrever devagar, sem se preocupar com a perfeição;
  • utilizar abreviações, sem exageros, é aceitável;
  • nada de letra espremida. Se não couber, escreva no outro ponto da lousa. Jamais escreva em cima de desenhos ou de outras palavras!

Escrever e falar ao mesmo tempo não é tão fácil e requer treino. Então, não há problema se você escrever enquanto está em silêncio, porque algumas pausas são importantes.

Uma das principais reclamações dos alunos são sobre professores que falam e escrevem muito rápido, sem dar tempo para o aluno copiar e prestar atenção. Portanto faça tudo isso sempre com muita calma e cadência.

Outro erro grave é dizer coisas importantes rapidamente e não escrever nada na lousa – o aluno não consegue anotar e prestar atenção ao mesmo tempo, ficando inseguro.

Enquanto você fala é importante manter um contato visual com a classe. Porém, no momento da escrita, não há problema em ficar de costas em alguns segundos – não fique neurótico! Não esqueça de eventualmente alterar a posição do seu corpo enquanto fala e escreve, para que os alunos em todas os locais da sala (principalmente as laterais) consigam enxergar o que está na lousa.

O ajuste da espessura dos traços pode ser feito inclinando o giz, ou até quebrando-o em pedaços menores. Numa escrita regular, a inclinação e rotação do giz ajuda a deixar a ponta sempre afiada.

Uma dúvida comum está em se a montagem de lousa deve ser feita antes de começar a explicação ou se deve ser construída com os alunos. De maneira geral, construir a lousa com os alunos tende a aproveitar melhor o tempo de aula. É possível fazer pequenas construções antes do início da aula, como as primeiras divisões e o título principal, e só depois começar a explicação de modo cadenciado.

Quando o professor monta a lousa inteira antes, deve fornecer um longo intervalo para os alunos copiarem – o que pode ser um grande desperdício de tempo e, dependendo do caso, uma complicação adicional no gerenciamento da disciplina da classe.

Geralmente alunos de colégio (principalmente Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio) preferem ter um tempo longo para copiar, então é preciso paciência e repetição para criar neles o hábito da cópia enquanto existe explicação. O primordial, entretanto, é que sempre seja construída a lousa com calma, gerenciando a classe de tal modo que todos estejam sempre participando.

Caso você ainda prefira fazer a montagem do esqueleto principal da lousa e, durante as explicações, ir preenchendo as lacunas, não se esqueça de instruir os alunos sobre quantas linhas pular para as ilustrações, textos e eventualmente ditados que aparecerão durante a aula.

Aliás, um ditado é uma ferramenta pedagógica muito útil. Eu gosto de usar em definições importantes, além de ser uma ótima maneira de mudar a dinâmica da aula e prender toda a atenção da turma, deixando os alunos em “fase”.

Um último lembrete: dependendo da sua altura, não há problema em deixar uma faixa superior (para os mais baixos) ou inferior (para os mais altos) sem ser utilizada. É melhor do que forçar a coluna agachando toda hora ou ficando na ponta dos pés.

5. Cuidados com os rascunhos e as divisões

As divisões servem para separar conteúdos e dar uma ordem lógica e senso de organização, porém não existe regra fixa. O mais importante é ter organização e clareza, com ou sem divisões.

É crucial que a lousa não seja “claustrofóbica”, ou seja, não tenha conteúdo “espremido”. O que normalmente causa isso são professores que querem todo conteúdo numa única exposição. Muitas vezes isso acaba mais confundindo do que melhorando a didática. Não se prenda às divisões – se for necessário, quebre as “paredes da obra” e vá para outro canto.

A regra principal é sempre a CLAREZA. É ela que vai ditar como vai ser a lousa, com ou sem divisões.

O canto esquerdo pode ter uma excelente função de situar o aluno no início da aula, com informações como:

  • data;
  • assunto da aula;
  • páginas do livro para referência;
  • equações ou fórmulas;
  • tarefa de casa.

Uma outra estratégia possível é colocar os tópicos que serão abordados na aula. E, à medida que os assuntos evoluírem, riscar. Isso pode transmitir uma sensação de segurança e organização para os alunos.

Já vi também professores de inglês padronizarem que o canto direito será um repertório de novos vocabulários utilizados durante a aula. Uma boa estratégia, visualmente interessante.

O rascunho também faz parte da aula! A regra básica é:

  • avisar sempre aos alunos que você está fazendo um rascunho;
  • rascunhar sempre no canto mais afastado de onde você está escrevendo; assim ele fica mais tempo na lousa antes de você apagá-lo e os alunos sabem que não é continuação do conteúdo principal;
  • nunca esquecer de comunicar para a turma se deve ser copiado ou não – os alunos não podem ter essa dúvida. Em geral, rascunhos não deveriam ter a necessidade de cópia.

6. Faça desenhos e ilustrações simples e fáceis de copiar.

Ilustrações excessivamente complexas não facilitam a compreensão da matéria; gastam um precioso tempo que deveria ser utilizado desenvolvendo o conteúdo e são difíceis para os alunos copiarem. Desenhos muito elaborados podem gerar uma desmotivação na classe, já que a maioria dos alunos não consegue replicar tanto detalhismo, no caderno, no mesmo ritmo do professor.

Os desenhos, tabelas e esquemas devem ser simples e funcionais. O objetivo principal é sempre a clareza nas explicações!

Conheço uma excelente professora de geografia que basicamente faz o mapa do Brasil como um triângulo – o suficiente para localizar o aluno em alguns tópicos da Geografia Física.

Sugestões para fazer boas ilustrações:

  • uma vareta pode auxiliar na confecção de desenhos que precisam de linhas retas;
  • uma fórmica quadriculada ajuda bastante em esquemas à mão livre;
  • os esquemas têm que ser fáceis de serem entendidos;
  • evite desenhos tridimensionais, exceto quando necessários (na imagem abaixo, o desenho da direita é mais simples, mais fácil de copiar e cumpre bem o seu papel nas explicações);
  • embora seja possível fazer círculos à mão, se você não tem tanta prática, existem algumas alternativas:
  1. utilizar um compasso (não fure a lousa com o compasso!);
  2. utilizar uma corda ou barbante.

Todas as ilustrações devem ser simples, fáceis de copiar e transmitir a mensagem principal.

Uma outra dica importante: ao usar o conceito de sentido para a “direita” ou “esquerda”, é importante ser SEMPRE no sentido correto da visão DO ALUNO. Portanto, se você estiver virado para a classe, o seu braço direito erguido indica o sentido da ESQUERDA para os alunos. Assim você evita confusões.

7. Apague corretamente e completamente

Existem técnicas adequadas para apagar a lousa. Algumas dicas:

  • é importante sempre fazer com CALMA, sem movimentos bruscos. Assim, você evita levantar pó para todos os lados, além de transmitir a importante sensação de controle do tempo de aula;
  • apagar enquanto fala é bom, também; não há problema. Prefira apagar a lousa enquanto você dá uma explicação mais simples… tudo com muita paciência, de maneira contínua;
  • não deixar “rastros” – apague completamente a seção utilizada;
  • em geral os movimentos verticais são melhores do que os horizontais e os circulares, mas não existe regra fixa;
  •  você até pode apagar com a mão, se forem pequenas correções;
  • evite apoiar-se na calha, pois você acaba se sujando.

Quando você apaga de maneira afoita, passa uma sensação de tensão de que não vai conseguir acabar toda matéria, podendo gerar uma ansiedade nos alunos.

Se tiver algum banquinho perto do quadro, sente-se sempre com as mãos fechadas, assim você evita sujar sua calça. As manchas nas roupas normalmente vêm das mãos sujas de giz.

Nunca se esqueça de lavar as mãos após a aula. Existem cremes hidratantes que ajudam a evitar rachaduras nas mãos caso esse seja um problema. Alguns professores gostam de usar luvas de dedos, que estão disponíveis em várias farmácias.

A escolha do apagador correto é muito importante. O ideal é que ele seja grande, pois ajuda a minimizar o cansaço ao apagar. Alguns são de espumas, outros de carpetes. O mais adequado é testar para ver qual se adapta melhor à fórmica.

Se você for destro, uma boa dica é tentar apagar com a mão esquerda. Assim, você poupa um pouco o seu ombro e a sua coluna.

8. Técnicas para harmonizar com powerpoint e outros recursos audiovisuais

Precisaríamos de um outro artigo só para descrever boas técnicas para confecções de slides. Porém, de maneira bem resumida, veja estes lembretes:

  • utilizar projeções não elimina o tempo preparando a aula. É importante selecionar o que é o mais relevante do conteúdo;
  • excesso de informação num slide não auxilia a clareza. Jamais coloque textos longos para você apenas “ler” com os alunos, pois isso não é didático;
  • muitas vezes não são necessárias tantas casas decimais num dado numérico – evite o excesso de preciosismos nas tabelas e informações quantitativas;
  • acelerar a transição dos slides (em geral no final da aula) só indica uma preparação de aula inadequada, sem a devida priorização do conteúdo e excesso na quantidade de informações. Prepare-se com antecedência para as eventuais dúvidas e controle as divagações potencialmente excessivas dos alunos, para que você conclua a aula no tempo correto;
  • evite as animações na transição dos slides, pois em geral não auxiliam em nada a clareza nas explicações;
  • nunca deixe de testar os equipamentos com antecedência, pois a tecnologia pode causar surpresas desagradáveis;
  • construa slides com fundo branco, letras grandes (mínimo 18), imagens claras e de boa resolução;
  • faça uma extensa revisão gramatical, pois os erros de ortografia e gramática incomodam e passam uma sensação de desleixo;
  • sempre disponibilize a apresentação para os alunos, e instrua-os sobre o que deve ou não ser copiado.

As técnicas de lousa também valem para o powerpoint: a prioridade é a simplicidade, a objetividade e a clareza.

Conciliar a lousa com powerpoint é fácil e existem excelentes práticas que você pode implementar. Em geral, muitos professores projetam imagens, poemas, charges e outras ilustrações e utilizam as laterais da lousa para complementar as explicações.

Em muitos casos, é bem útil montar uma folha de apoio, com algum conteúdo e deixar espaços em branco para a turma ir completando. Assim a aula fica mais dinâmica, pois requer ação do aluno.

9. Cuidados com a conservação da lousa e do giz

A situação física da lousa tem de ser um ponto de atenção dos gestores escolares, pois ela é a ferramenta de trabalho básica do professor. O ambiente da sala de aula deve ser uma das prioridades de investimento e um dos focos de manutenção contínua do ambiente escolar.

O giz precisa estar conservado num local com pouca umidade. Em algumas escolas existem estufas simples, com uma luz quente em cima das caixas, fazendo com que o giz permaneça sempre seco. Giz que esfarela muito provavelmente está úmido demais.

Se a fórmica não estiver adequada não existirá atrito com o giz e, quando o professor escrever, ficará um traço muito fraco. Algumas sugestões:

  • o pano utilizado para limpar o chão não pode ser usado para limpar a fórmica!;
  • é importante que a lousa esteja totalmente seca quando você começar a escrever. Fórmica úmida cria em sua superfície, quando em contato com o giz, uma película de cera, que origina a perda de atrito. Por isso muitos fornecedores orientam não limpar as lousas com água entre as aulas ou utilizarem apagadores excessivamente úmidos;
  • alguns professores utilizam gizes importados que não são feitos para fórmicas nacionais. Esses gizes só conseguem ser apagados limpando a lousa com água, o que cria a cera que prejudica a fórmica;
  • em geral o procedimento-padrão de limpeza deve ser:
  1. passar o apagador uma vez em todo o quadro para que seja retirado o excesso de giz;
  2. limpar o apagador com um pano alvejado, um pouco úmido. Cuidado: não é encharcado!;
  3. utilizar o apagador novamente na lousa, até que ela esteja bem limpa;
  4. finalizar o processo com a microfibra seca.

Construir uma calha ao redor da fórmica, para melhorar a iluminação da lousa, geralmente ajuda na visibilidade das cores.

10. Aprimoramento contínuo com treino e observação de cadernos

Muitas técnicas são refinadas com o tempo. Escrever uma frase e simultaneamente dizer outra completamente diferente requer muita prática! Conheço professores muito experientes e consagrados que, ao assumirem novas frentes, passaram as férias treinando a lousa e a aula. Este é o segredo dos grandes professores: humildade para sempre estar aperfeiçoando as aulas, os exemplos, as explicações e o relacionamento com a turma.

Uma boa dica para ajudar nesta jornada é sempre tirar uma cópia, no final do ano letivo, do caderno dos alunos. Observe se eles copiaram do jeito que você gostaria e se existem esquemas que podem ser melhorados.

Alguns professores muito experientes conseguem desenvolver técnicas bem avançadas de dinâmica de aula, como se tornar ambidestro ou fazer círculos perfeitos a mão! Conheço um colega que, para sair da rotina, vai alternando a letra entre cursiva e ‘de forma’ enquanto escreve. 🙂

Conclusão

O apoio do coordenador pedagógico, na capacitação contínua do professor, é imprescindível. É no feedbackdo dia a dia que a mudança vai acontecer. E espero que, com este artigo, encontre mais elementos que possam ajudar você nesta jornada interminável de aperfeiçoamento!

 

Fonte: Linkedin