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Somos Professores, Não Gozem Connosco! – Manifestação 5 Outubro

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Há anos que é assim, greves que não incomodem nem irritem muito, manifestações ao sábado…mas a próxima manifestação que está marcada para dia 5 de outubro, véspera das eleições, roça o ridículo!
Roça o ridículo porque nesse dia o que terá de acontecer, para que nenhum dos manifestantes seja penalizado pelas leis, é, segundo a Fenprof:
– A faixa de abertura respeitará o tema que a UNESCO, a OIT e a IE escolheram para 2019;
– As bandeiras, pancartas e faixas que tenham inscritos os anseios dos professores não serão dirigidas a nenhuma entidade ou organização;
– As palavras de ordem serão genéricas e também não dirigidas a entidades, organizações ou pessoas;
– No final, não haverá discursos, mas, apenas, saudações aos professores, neste dia que lhes é dedicado e que, como tal, é assinalado em todo o mundo.
Se isto não é para rir então deverá ser para chorar!
Na realidade é só a tentativa de “mostrar serviço”. Eu não vou! Perder um dia de folga para ir gritar umas palavras de ordem genéricas ainda para mais não dirigidas? Poupem-me!
De salutar a iniciativa do sindicato S.TO.P que está, como é habitual, a auscultar os seus sócios que decidirão se valerá a pena participar ou não! Já respondi!

Alberto Veronesi

Fica parte do mail do S.TO.P…
 
No entanto neste ano, o 5 de outubro será no dia da reflexão nacional (na véspera das eleições legislativas) e as organizações promotoras (Plataforma Sindical) para evitar qualquer risco de multa (individual ou coletiva) aceitaram condições da Comissão Nacional de Eleições que consideramos poder colocar em causa a livre e legítima expressão da revolta que milhares de professores sentem. Ou seja, será que tem sentido participar numa manifestação onde por exemplo:
“As bandeiras, pancartas e faixas que tenham inscritos os anseios dos professores não serão dirigidas a nenhuma entidade ou organização” ou
“As palavras de ordem serão genéricas e também não dirigidas a entidades, organizações ou pessoas”?
 
Nestas condições de manifestação será suficiente apelativo a milhares de professores privarem-se de um dia de legítimo descanso para rumar a Lisboa onde não podem dirigir a sua revolta a ninguém?
O S.TO.P. até quarta-feira, 25 de setembro (inclusive), ausculta os sócios para que a maioria decida o que devemos fazer.