Início Editorial Sector Estratégico Devia Ser A Educação E Não A TAP!

Sector Estratégico Devia Ser A Educação E Não A TAP!

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Todos os dias me impressiono mais com a forma como a Educação é tratada pelos sucessivos governos. A Educação é vista, pura e simplesmente, como uma pedra no sapato. Não há visão estratégica para a educação. Não há dinheiro, dizem os sucessivos governos, fazendo com que a Educação Pública seja cada vez mais medíocre!

Por ordem de prioridades, aqui estão as do Governo!

Salvar a TAP, ótima ideia, companhia de bandeira gerida por privados que se mostram incapazes de a tornar sustentável e sempre que corre mal lá nos vão ao bolso para a nacionalizar! Um dos maiores problemas na TAP é a quantidade de trabalhadores inúteis,  que lá está, trabalhadores que não são necessários aumentando assim a ineficiência global. Outro grande problema é a força dos sindicatos na negociação de acordos de empresa totalmente prejudiciais, garantindo aumentos anuais nos vencimentos e onde qualquer um com o 9.º ano ou até menos, ganha mais que um Médico, Enfermeiro ou Professor!

Se a empresa fosse privada e não estivesse sempre em processo de pedir dinheiro a todos nós, tudo bem, só que não é isso que acontece!

É este país que o Governo quer?

Na Educação, estamos sem rei nem roque, ninguém fala, planeia ou diz seja o que for sobre setembro. Quais as soluções? Teremos mais professores? Como colocar mais de um milhão de alunos a recomeçar as aulas presenciais sem prejudicar a situação sanitária?

O Ministro, lá vai dizendo as frases do costume, mas sem que na realidade diga qualquer coisa de valor! Estamos naufragando lentamente na área da Educação, mostrando a olho nu que não há interesse em investir nesta área! Lembro-me do circo que o Governo fez  para justificar a não recuperação de todo o Tempo de serviço dos professores.

Para salvar bancos e companhias aéreas nem pestaneja, e estamos a falar de valores 4 vezes superiores (TAP) e 3 vezes superior (Novo Banco)…para os professores não havia!

Agora lança uns números, 400 milhões para computadores, 125 milhões para mais professores e auxiliares, mas sem mais explicações, sem planos.

Parece que o ministro acha que o que interessa é apresentar números, pequenos quando comparados com os da TAP e do Novo Banco, mas grandes para os pobrezinhos da Educação.

Como se os números magicamente tratassem dos problemas.

Para a educação é preciso muito mais empenho, vontade e dinheiro!

É este país que o Governo quer?

As grandes prioridades do Governo são claras, os sectores estratégicos também, mas sabem que mais a culpa também é nossa, que nos calamos…