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Onde estão os colégios privados? – Ricardo Pinheiro Alves

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Não se percebe a falta de posição e a subserviência dos colégios privados face à proibição de aulas on-line, estando a mostrar não estar à altura das suas responsabilidades num momento difícil como o que todos atravessamos.

Os colégios estão a demonstrar uma atitude servil face ao abuso de poder do primeiro-ministro e do Ministro da Educação em vez de afirmarem uma atitude de serviço face aos alunos e às famílias que são a sua razão de ser. Esta atitude subserviente mostra uma falta de cultura de liberdade que se esperaria imperasse nos colégios privados.

As direcções dos colégios optam por ignorar que o poder legítimo de nos governar assenta no parlamento e não no governo, que o parlamento aprovou uma Lei sobre o Estado de Emergência que autoriza o governo a tomar medidas que limitem o Covid-19, e que a proibição de aulas à distância não se enquadra, de nenhuma forma, em qualquer uma dessas medidas.

Ou seja, o governo não tem autorização do parlamento, no âmbito da Lei do Estado de Emergência, para proibir aulas à distância.

Dito de uma forma mais explícita: a proibição do ensino à distância não contribui em nada para a limitação do Covid-19, logo não tem uma justificação legal na Lei de Estado de Emergência. Trata-se, por isso, de um puro abuso de poder por parte do Governo e do Primeiro-ministro.

Isto é mais grave quando há colégios em que se ensina aos alunos que devem organizar manifestações sempre que não concordem com alguma coisa, seguindo cega e acriticamente as orientações do Ministério da Educação.

O Sr. Tiago Brandão Rodrigues é um radical que condiciona a política da educação aos seus preconceitos ideológicos. Mas a função de um ministro é servir a sociedade, não é servir-se a si próprio do poder de que temporariamente dispõe.

O aproveitamento oportunista de um período de emergência sanitária para impor a sua ideologia é condenável a todos os níveis. Mas é condenável em primeiro lugar porque relega para segundo lugar o interesse das crianças, colocando-as duas semanas em casa a “estupidificar” em frente à televisão.

Esta promoção da inutilidade entre os jovens pode ser a que melhor serve os interesses socialistas do Sr. Rodrigues e do Sr. Costa, mas não é a que serve os interesses do país. Se não querem servir o país, demitam-se das suas funções.

Para quando uma reacção? Dos colégios privados, do PSD e do CDS?

Observador