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“Não excluo liminarmente um novo congelamento de carreiras em 2021” Alexandra Leitão

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Neste momento “não está em cima da mesa” travar as progressões, mas a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, não exclui “liminarmente” um novo congelamento de carreiras em 2021.

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, Alexandra Leitão, que já tinha assumido que não estão garantidas atualizações de salários, começa por explicar que, para já, “não está em cima da mesa” travar as progressões, nomeadamente no âmbito do orçamento retificativo que será apresentado em junho.

A ministra defende que é necessário estimular o consumo, garantido rendimentos, mas acrescenta que num cenário “em que tudo mudou” as opções políticas para o próximo ano vão ter em conta a evolução da pandemia e da situação económica, que é “muito incerta”.

“Vai tudo depender do modo em que cheguemos quando estivermos a preparar o orçamento de 2021 e o cenário que nessa altura exista”, afirma.

Questionada sobre um eventual congelamento de progressões, a ministra explica que não é essa a estratégia que defende, mas assume que não pode excluir “liminarmente” esse cenário.

“Quando falei em rejeitar a austeridade o que quero dizer é exatamente isto: num momento em que a economia precisa de investimento e de rendimentos, até para que as pessoas possam dinamizar o consumo interno, até porque provavelmente o consumo externo sofrerá, [essas] não serão as primeiras medidas a privilegiar, mas eu neste momento não posso excluí-las liminarmente”, diz.
 

Cortes salariais “não será a nossa primeira opção”

“A incerteza é grande” e o Governo tomará as medidas que forem necessárias mas cortes salariais “não serão, provavelmente, a primeira opção” do Governo.

“Se eu lhe digo que espero que não haja uma política de cortes de rendimentos esperaria que não seja essa a solução”, diz a ministra.

Se em relação ao aumento salarial “acho que temos de ser cuidadosos”,  “relativamente aos cortes não é essa a solução que privilegiamos”.

“Veremos como é que as coisas evoluem”, conclui.

Fonte: jornal de negócios