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Hoje, seja qual for a decisão em relação aos seus filhos pequeninos, não será… “a certa” – Eduardo Sá

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Hoje, seja qual for a decisão em relação aos seus filhos pequeninos, não será… “a certa”.
Se uma criança não regressou à creche, estando os pais convictos que as protegem, eles ficam de ❤️ destroçado. Racionalmente, estarão a reconhecer que, hoje, as probabilidades de perigo em relação a Outubro, p.ex, serão menores. Mas também reconhecem que, por falta de argumentos que os deixem tranquilos, não terão dados irrefutáveis que os levem a considerar que uma decisão destas os deixe seguros. Mesmo que os pais sintam que ter um filho 6 meses fechado num apartamento, sem os desafios dos seus colegas, sem o acolhimento da “escola” e sem a estimulação da sua educadora representarão custos muito elevados. E tudo isso trará tensão a uma criança. E tensão aos pais.

Se as crianças foram à escola, os pais estarão a reconhecer que a creche ou o jardim de infância se protegeram com todas as cautelas. Mas, mesmo assim, entregam os seus filhos de “❤️apertado”. Teremos os pais tensos pelos riscos que “permitem” aos filhos. Tensos por terem os filhos assustados. O que se sente nos seus olhos. Seja pela forma como pegam ao colo ou pela sua voz. E como os “acompanham” porta e as entregam. Tensos porque, apesar de compreenderem a inevitabilidade das máscaras, os amuchuca deixarem os filhos num ambiente que ainda lhes é, também a eles, demasiado estranho e, ainda, demasiado próximo de ficção científica. Tensos porque tentam sorrir e dar colo com os olhos aos seus filhos, mas tudo lhes parece insuficiente.

Hoje, é um dia de tensões. E de injustiça para todos os pais! Porque, façam o que fizerem, sentem que nada será “certo”. E encontram uma “culpa” inquieta que parece não se acomodar a nenhum lugar.

Hoje, é um dia feliz. Porque se abriu outra porta na nossa relação com a vida. E é um dia triste. Porque não há direito que coloquem os pais diante de dilemas como estes. Sem que ninguém lhes garanta que podem estar seguros de tudo o resto. Para que se resumam só a ser, despreocupadamente, pais.

 

Fonte: Instagram Eduardo Sá