São cerca de 12 mil os professores que em Portugal têm doenças que são consideradas de risco e que poderão ter de ser afastados no próximo ano letivo por causa do novo coronavírus, avança esta sexta-feira o ‘Correio da Manhã’. (O Blog DeAr Lindo chamou à atenção deste facto ontem)
Há 12 mil professores com doenças de risco que podem ter de faltar às aulas no próximo ano letivo
O aviso chega através da Federação Nacional de Professores (Fenprof), que estima que a situação venha a afetar “todos os 811 agrupamentos escolares e escolas não agrupadas do País”.
“Estão em causa 10% dos professores, mais de 7 mil que estão em mobilidade devido a doenças incapacitantes, segundo números do Ministério da Educação, e outros que já estão em escolas perto das residências. Calculamos que no total sejam cerca de 12 mil professores”, afirmou o secretário-geral da Fenprof.
Segundo Mário Nogueira, em causa estão doenças oncológicas e cardiovasculares, doentes transplantados, entre outros considerados de risco.
“O que vamos ouvindo é que estes professores terão de meter baixa médica para não correrem riscos. Mas levarão um corte nos rendimentos, o que fará com que muitos prefiram arriscar dar aulas”, afirma Nogueira.
A maior estrutura sindical de docentes sugere que o Ministério da Educação recorra “aos milhares de professores que estão a trabalhar nas escolas nas atividades de enriquecimento curricular (AEC)”.