Início Educação ESCOLAS na pandemia: prioritárias mas desconsideradas

ESCOLAS na pandemia: prioritárias mas desconsideradas

991
0

O GOVERNO anunciou, recentemente, um novo confinamento e, as escolas, são consideradas essenciais, mantendo o seu funcionamento normal. Mas não tenhamos dúvidas, a situação atual é diferente da emergência que atravessamos no ano letivo anterior.

Neste momento temos um PLANO NACIONAL DE VACINAÇÃO que, ao que tudo indica, não previu a situação atual de agravamento da pandemia e, por outro lado, a concretização das medidas – que visavam dotar as comunidades educativas com MEIOS para dar uma resposta adequada a uma possível nova etapa de E@D -, estão muito AQUÉM do anunciado e necessário.

A realidade ajuda a perceber porque – CONTRARIANDO a tendência Europeia e a opinião de vários ESPECIALISTAS -, o Governo sequer pondere encerrar as escolas por um determinado período no nosso país. Porque o Estado/Ministério de Educação estão a falhar, uma vez mais, com as comunidades educativas.

1ª QUESTÃO: Por que razão os Profissionais da Educação NÃO CONSTAM do plano de vacinação?! Somos considerados prioritários para o funcionamento das escolas e da economia mas, paradoxalmente, somos DESCONSIDERADOS em termos de plano de vacinação (independentemente da opinião de cada um sobre a eficácia da vacina).

Isto é RESPEITO? Ou o Estado estará a contar que os professores não se deem ao respeito?

– No sentido da defesa dos Profissionais de Educação, defendemos a REVISÃO do plano de vacinação, incluindo, com urgência, toda comunidade escolar na primeira fase de vacinação. Caso contrário, para além do desrespeito implícito, poderemos cair no cúmulo em que temos cidadãos vacinados (e bem), em casa em teletrabalho e, por outro lado, Profissionais da Educação (sector particularmente muito envelhecido) na LINHA DA FRENTE, sem vacina.

2ª QUESTÃO: Onde estão os MEIOS informáticos adequados e anunciados (por exemplo, os computadores)?! O Estado/Ministério da Educação anunciou com pompa e circunstância uma série de medidas para preparar as comunidades educativas em qualquer eventualidade no contexto da pandemia, como uma previsível 2ª e 3ª vaga.

O Estado estará a prever, à semelhança da EMERGÊNCIA do ano transato, que haja alunos novamente sem acesso ao direito fundamental à Educação?

Estará a contar que os Profissionais de Educação tenham e utilizem os seus PRÓPRIOS MEIOS, como se do Estado se tratassem (o que já foi realizado e denunciado pelo S.TO.P. no 3.º Período do ano passado)?

Por que motivo as escolas têm de continuar permanentemente abertas – para todos e a TODO O CUSTO -, colocando, na prática, ainda em maior risco de rutura os nossos serviços de saúde e os seus profissionais?

Mau grado os anúncios e os valores apresentados para a TRANSIÇÃO DIGITAL na educação, a realidade foi bem diferente ao longo do 1.º período. Os equipamentos existentes continuam obsoletos na sua grande maioria, os KITS tecnológicos tardaram a chegar às escolas – apenas no final do primeiro período – e em número manifestamente insuficiente face às necessidades apuradas durante o primeiro confinamento.

Colegas, neste sentido, e antes de mais, fizemos chegar estas questões mais urgentes à DGS, Ministério da Saúde e Ministério da Educação e ao gabinete do Primeiro Ministro.

Se tivermos qualquer resposta por parte dessas entidades iremos publicar para que todos os Profissionais da Educação tenham direito a essa informação.

Estamos, como sempre, disponíveis para OUVIR as propostas de luta de cada profissional de educação e de cada estabelecimento escolar: JUNTOS SOMOS + FORTES também a exigir RESPEITO pela saúde de todos que trabalham (e estudam) nas Escolas!

Comunicado completo: https://sindicatostop.pt/escolas-na-pandemia…/