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Escolas já preparam divisão de turmas e mais limpeza para regresso dos alunos

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Os corredores de betão não esperavam este silêncio tão cedo. Nem o solo cimentado que sustenta a escola de uma ponta à outra podia imaginar-se tão deserto de correrias nos recreios ou a caminho das salas de aula, motivadas pelos atrasos. Não nesta altura do ano. Diogo António, de 17 anos, já pensa no regresso às aulas presenciais, na secundária de Valongo, no Porto. Até delas tem saudades, admite – independentemente da estranheza desta sensação para um aluno.

Ele ouviu na TV lá de casa que o regresso à escola pode estar para breve, mas só para os alunos de 11.º e 12.º anos – incluindo-se neste segundo grupo. E apenas às 22 disciplinas que são sujeitas a exame específico para acesso ao ensino superior, continuando todas as outras a ser ministradas à distância. Decisões só no dia 30 de abril, depois de reunido o Conselho de Ministros e auscultados, no dia anterior, todos os partidos com assento parlamentar. Entretanto, os professores já começam a enviar recados para os seus alunos: se isto for avante, a turma deverá ser dividida. Como aconteceu com o jovem Diogo, que há uns dias soube ser esta a intenção da sua diretora de turma. Manter cerca de 30 alunos numa mesma sala é que não. Pelo menos em Coimbra e no Porto, também há escolas que já arrancaram com a higienização a fundo dos espaços.

Salas “de dez metros por seis” com 30 alunos? O risco não podia ser maior, alertam professores

A hipótese de desdobramento de turmas parece ser unânime. A alguns quilómetros de distância de Valongo no mapa, na terra onde nasceu a tradição académica que depois prosseguiu país dentro, Coimbra, a preocupação assalta o pensamento dos professores de ensino secundário. É o caso da professora Maria Regina Rocha, da Escola Secundária José Falcão. Lembra que neste estabelecimento de ensino há turmas de 12.º ano com 30 alunos: num comprimento padrão de salas “de dez metros por seis”, o risco de contágio não poderia ser maior.

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Fonte: DN