Como referi ontem, finalmente se começa a ouvir algo um pouco mais em concreto sobre os planos do ME para o próximo ano letivo. Ainda vamos a tempo de o preparar convenientemente, é certo, mas não havendo mais a resolver sobre o 3.º período o foco deveria ter sido esse.
Na realidade, há muitos pontos a equacionar:
- Quantos alunos estarão no próximo ano no ensino público?
- Haverá ou não migração de alunos do EPC/IPSS?
- Tendo em conta o 1,5m de distanciamento, quantas são as escolas que comportariam turmas de 15 alunos dentro das salas?
- Quantos professores a mais, relativamente a este ano, serão necessário?
- Como resolverão a questão do pré-escolar tendo em conta que está sempre na lotação máxima nas grandes cidades?
- Será mesmo necessário iniciar o ano com todos os alunos em presencial?
- A prioridade da tutela não deveria ser o pré-escolar, 1.º e 2.º ciclos?
- O que fazer ao 3.º ciclo e secundário?
Considero importante perceber ao certo quantos alunos a mais ou a menos no próximo ano letivo, para isso é importante aguardar pelo fim das matrículas e sobretudo pelas listas de alunos admitidos ao público que, segundo o site do Portal da Matrículas acontece a dia 24 de julho, para a educação pré-escolar e ensino básico, e no dia 30 de julho para o ensino secundário. Nessa altura saberemos se houve ou não migração e em que quantidade.
Dependente deste número poderão ser necessários muitos professores. Como se encontram as listas de determinados grupos de recrutamento que em tempo pré-pandemia já tinham falta de candidatos?
Quais são as medidas que estão a encontrar para evitar esta falta?
Acredito que possam já estar a precaver esta situação.
É imperioso fazer a recolha de dados quanto às escolas que comportam turmas com 15 alunos e respeitando o 1,5m de distanciamento exigido pela DGS. Acredito que estarão já no terreno a trabalhar este assunto.
Não creio que haja assim tanta necessidade de regressarem todos os ciclos e o secundário ao mesmo tempo na escola. Acredito sim que o devamos fazer por fases e mediante a evolução da situação de pandemia, então proponho que:
No início do ano letivo: Pré-escolar; 1.º ciclo; 2.ª ciclo.
Sugiro estes ciclos por serem os que manifestamente precisam mais dos professores e do espaço escola para evoluir, são menos autónomos e as possibilidades de poderem ficar em casa sozinhos é muito pequena, assim evitam-se baixas por assistência à família.
Se inicialmente o 3.º ciclo e o secundário não regressarem, os espaços escolares por estes ocupados poderiam vir a ser ocupados pelos 1.º e 2.º ciclos, pela necessidade de desdobramento de turmas e assim darem cumprimento às exigências da DGS.
O 3.º ciclo e secundário poderia regressar assim que a estivessem reunidas as condições sanitárias e poderiam, provisoriamente ocuparem outros espaços, cedidos pelas juntas de freguesia, câmaras municipais e etc, evitando que os outros ciclos (PE, 1.º e 2.ª) tivessem de abandonar os espaços assim como a sobrelotação dos espaços.
Aguardemos!
Alberto Veronesi
Ainda há uns dias…. ai jazus que é muito perigoso colocar nas escolas os alunos do pré e do 1º ciclo. Ate li por aí…. que queriam matar os professores que eram mais idosos.
Agora …. é pré e primeiro ciclo em força. A coerência é notável!
Quando chegaram ao lugares já podem fazer os estudos e tomar decisões…Por enquanto é um simples “achismo” e contas de mercearia
Deixem os professores descansarem SFF.
Ficamos satisfeitos por ser, provavelmente, o nosso mais fiel seguidor! Nunca negámos que o regresso é imperioso, um dos nossos autores tem escrito nesse sentido desde princípios de maio! Mudando as premissas é óbvio que interessa começar! Apresente também a sua ideia!
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