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Confiança nos professores, nas famílias, nos alunos e no pessoal não docente – António Pina Braz

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O Agrupamento de Escolas Ginestal Machado, em Santarém, desenvolveu ao longo de todo o Verão os procedimentos relacionados com a abertura do novo ano lectivo, como é usual e previsto. Naturalmente que no presente ano o acréscimo de trabalho foi enorme, tendo em consideração a realidade pandémica que vivemos em Portugal e no mundo.

Foi necessário preparar todos os pormenores organizativos como, por exemplo, realizar a distribuição de serviço dos professores e pessoal não docente (330 profissionais), acompanhar o processo de matrículas (2.300 alunos), formar as turmas (104), diagnosticar alunos que carecem de medidas educativas, receber e entregar manuais escolares, contratualização de serviços do mais diverso teor, proceder a arranjos e obras e encontrar as melhores respostas possíveis para responder aos inúmeros desafios que a pandemia coloca.

Todo o trabalho apenas foi possível pela dedicação de um conjunto de profissionais que, tendo abdicado das suas férias, se empenhou em encontrar as respostas e soluções para todas as questões de modo a que as actividades escolares se iniciassem no dia 17 de Setembro, sem alterações na oferta formativa, que inclui o ensino articulado de música e os cursos profissionais de informática, multimédia, eventos e artes dos espectáculos, para além dos cursos secundários que já funcionavam e do ensino básico (do 1º ao 9º) e do pré-escolar.

No âmbito de outras medidas tomadas para responder às questões de segurança, saúde e higienização imprescindíveis para voltarmos a ter nas nossas escolas, alunos, professores e pessoal não docente, foram elaborados os planos de contingência, ou melhor, foram actualizados os planos de contingência, limpeza, comunicação e acção, que já tinham sido elaborados no ano lectivo transacto.

Não podemos esquecer que nos meses de Maio e Junho tivemos mais de 700 alunos do ensino secundário e do pré-escolar, professores e pessoal não docente em trabalho em 3 escolas do agrupamento, tendo decorrido tudo em conformidade com o desejado, sem problemas, num exemplo extraordinário da parte de todos, no cumprimento das normas e regras definidas pelo agrupamento. O resultado foi excelente.

O que se pretende para este ano, é repetir os procedimentos, reforçando algumas questões relacionadas com a higienização, considerando que o número de alunos aumenta três vezes, as cinco escolas encontrar-se-ão abertas e envolve todos os alunos, incluindo mais de 200 alunos estrangeiros de 30 nacionalidades.

As normas e regras definidas (que serão divulgadas na próxima semana), constam dos planos supra-referidos, são exaustivas, exigentes e ultrapassam as orientações recebidas recentemente para este efeito, nomeadamente definindo que todos os alunos dentro da escolaridade (do 1º ciclo ao secundário), têm de utilizar máscara e respeitar as mesmas normas dos restantes colegas.

Isto porque se considerou que a melhor possibilidade de combater a eventual propagação do vírus é tentar antecipar eventuais casos e problemas, defendendo todos, principalmente os mais velhos (professores e avós) de eventuais contágios. Para este efeito espera-se a melhor colaboração de todos a começar pelo cumprimento das normas que a instituição considerou por mais adequadas para a defesa da saúde das mais de 7.200 pessoas que compõem esta comunidade educativa.

No seio da comunidade a confiança é a palavra central e a colaboração e compreensão as palavras de suporte. Os professores e pessoal não docente estão a realizar o seu melhor. As escolas estão organizadas, limpas e desinfectadas. É agora importante que as famílias não deixem os seus jovens frequentar a escola, por exemplo, se tiverem uma ponta de febre, se doer a cabeça, se tiverem diarreia, se tiverem dificuldades respiratórias, se estiverem indispostos. A prevenção é a melhor arma nesta luta que tem de ser de todos. Não é do Ministério da Saúde ou da Educação ou das escolas: É de todos.

Mas não é só na escola, já que os espaços escolares deverão ser os que mais limpos e desinfectados estão, e não será nos mesmos que se propaga o vírus. Este tem de vir de fora e para o efeito todos têm de ter o cuidado de não o transportar para a escola partindo do princípio que se vão verificar infecções. Não podem é propagar-se. Neste âmbito deverá observar-se todo o cuidado nos transportes (em que se deve utilizar sempre máscara), nas concentrações de jovens que se devem evitar, no contacto com os avós pela sua maior fragilidade, no lavar as mãos e descalçar os sapatos quando se chega a casa, trazer o lanche para a escola, com uma garrafa de água e não partilhar materiais.

Vamos ter CONFIANÇA nas escolas, nos professores, nas famílias, nos alunos e no pessoal não docente, certos de que se todos conseguirem respeitar as normas definidas, o ano lectivo decorrerá como todos desejamos, sem alarmismo ou pânicos, aprendendo a viver uma nova normalidade que registará casos, com os quais temos de aprender a conviver.

Diretor do Agrupamento de Escola Ginestal Machado

O Mirante