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Cidadania, Desenvolvimento E Um Cavalo De Tróia

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Como é hábito no nosso blogue, damos sempre voz a quem queira expressar a sua opinião. Neste caso é um seguidor do nosso blogue que não quis deixar de dar a sua opinião sobre o caso de Famalicão onde dois alunos, por suposto despacho do SE teriam de regressar dois anos atrás. Posteriormente, segundo nos disse, seguiu atentamente o desenrolar, nas redes, da dita situação e não quis deixar de relatar o que se passa no pais onde vive, Itália, e fazer o paralelismo…fica o texto.


O dogma do ódio

Em Itália (Pais onde sou residente há mais de 25 anos) nestes dias está-se a discutir/debater no Parlamento uma lei contra a ‘homo transfobia’. Os promotores/patrocinadores desta lei – os partidos da esquerda (PD – Partido Democrático e Leu – Liberdade e Ecologia) e o Movimento 5 Estrelas (que se autodefine pós-ideológico mas que mantém muitíssimos dos tiques dos partidos de esquerda), atuais componentes do atual Governo dizem que apesar da emergencia economica, do desemprego (desde o inicio da pandemia Covid ja’ se perderam meio milhao de postos de trabalho), do desespero de quem ficou sem emprego e sem subsidios, da avassaladora crise do turismo, das falencias das pequenas lojas e das pequenas empresas, do Pib em queda livre, das muitas familias com enormes dificuldades economicas o que e’ prioritario e’ discutir esta lei! A lei e’ apresentada como fundamental para salvaguardar os direitos da minoria LGBT contra as descriminacoes, contra as agressoes e contra o odio.

É sempre mais ou menos a mesma historia em qualquer parte do Mundo: com o pretexto de salvaguardar e proteger as minorias – coisa com a qual obviamente todos concordamos pois e’ inegável que todos tem que ser protegidos contra discriminações, violências morais ou físicas e ódio – na realidade impõem-se leis liberticidas. Para defender uma determinada minoria penaliza-se de maneira gravíssima e irreversível as outras opiniões e a maioria (das pessoas). Porque na realidade e’ disto que se trata: o lema (justo) do “vamos combater o ódio e a descriminação” da minoria LGBT – lema sempre ostentado de maneira patologicamente compulsiva – quer-se simplesmente camuflar leis pro-gender (os progressistas negam a existência desta Teoria mas fazem-no sempre com a intenção de camuflar e encobrir) que de facto são liberticidas e que de facto impedem a liberdade de pensamento e de opinião. Por parte do mainstream foi posto em acao este tipo de mecanismo: se eu penso de maneira diferente de ti e do Pensamento Único sou alvo do teu ódio e das tuas acusações de homofobia.

É fácil perceber que este mecanismo diabólico massacra desde logo qualquer tipo de liberdade de pensamento e de opinião e qualquer tipo de tentativa de diálogo genuíno, honesto e sincero. Se eu legitimamente exprimo uma opinião diferente da tua sou imediatamente deslegitimado e obrigado a calar-me pois acusado de homofobia. E’ como levar um cartão vermelho sem motivo ainda antes de entrar em campo. E este comportamento ditatorial e’ de facto a morte da liberdade. E a palavra ódio lançada contra quem discorda da ideologia Gender tornou-se o coveiro do bem mais precioso que temos: a liberdade.

A Ideologia Gender tem como objectivo condicionar toda a sociedade e o próprio ser-humano. No fim, ao invés de proteger, acabam por privilegiar uma minoria (amiúde militante e agressiva) em detrimento da maioria. Que no fundo e’ o objectivo não declarado.

O Gender e’ uma verdadeira revolução antropológica: dizíamos há pouco que é uma Ideologia transumanista que quer condicionar a sociedade e o ser-humano. Esta é uma Teoria/Ideologia que é uma nova filosofia da sexualidade: segundo o Gender o sexo não e’ determinado pela natureza/biologia (que o ser-humano deve aceitar e desenvolver) mas e’ um papel social imposto pela cultura/sociedade (obviamente machista,racista,retrograda,etc.) e sobre o qual se pode decidir autonomamente, independentemente do sexo biológico.

O homem assim contesta e contrapõem-se ‘a sua própria natureza. E’ esta Teoria – já’ clamorosamente desmentida pela ciência – que os patrocinadores do Agenda LGBT querem impor, começando pela escola (sempre com a desculpa do combate ao ódio e ‘a descriminação) e pelos massmedia e também através de leis, punições, multas e ate’ prisão. Através da lei – mesmo que imponha algo falso e que obrigue a sociedade a aceitar algo falso – querem mudar a visão e o paradigma da sociedade. Obrigando a aceitar como verdadeiro algo que e’ totalmente falso. Sem hesitar em acusar, punir, castigar, discriminar, multar e prender quem contesta e não aceita este novo paradigma. Basta ver o exemplo de J.K Rowling famosa escritora do Harry Potter que por ter dito que só’ as mulheres têm menstruação foi agredida, ofendida, insultada e ameaçada de morte.

Deve com certeza ser este o Mundo sonhado pelo Sr. Luís Braga (https://www.comregras.com/nao-gosto-do-programa-de-cidadania-nao-gosto-do-sexo/): o que ele propõe e’ exatamento o que hoje se esta’ a discutir no Parlamento italiano e o que infelizmente já’ esta’ a acontecer em muitos Países: obrigar, impor, punir quem se opõe ‘a (falsa) Ideologia gender (veiculada através da escola, mass media, etc.). Dizer que o casamento e’ só’ entre um homem e uma mulher e que uma criança para crescer e se desenvolver bem precisa dum pai e duma mãe ou que a única família e’ a família natural constituída por pai, mãe e filhos e’ logo considerado homofóbico e quem o afirma e’ logo considerado propagador de hate speech e tem que ser punido e ate’ preso. Com a desculpa de combater o ódio acaba-se por impor o dogma do ódio: acusar, caluniar, odiar e limitar (não só’ por lei mas também financeiramente e fisicamente) a liberdade de opinião. E a liberdade em geral. Sem pensar que – e admitindo que a teoria gender e’ cientifica e verdadeira (e não e’) – quem por exemplo afirma que casamento e’ só’ entre homem e mulher tem pelo menos tanta legitimidade de o dizer como quem diz que casamento e’ também entre dois homens. Provavelmente a cegueira ideológica impede de ver a quem enche a boca com a palavra liberdade que no fundo o que se quer e’ limitar a liberdade dos outros. Enquanto se acusam os outros de fascismo e intolerância tenta-se impor exatamente o fascismo (vermelho). E’ uma contradição gritante, impossível de não ver para quem age de boa-fé’ e com honestidade.

E o engraçado e’ que a propor este ‘dogma do ódio’ contra quem não aceita e se opõe ‘a deriva pro—LGBT/homossexualista são exatamente os pretensos tolerantes que dizem lutar pela liberdade. Pena e’ que sejam tolerantes só’ ate’ ao momento em que concordas com eles e com as suas teorias.

Para alem disso, a questão referida no artigo do Sr. Braga (o pai que se opôs a que os filhos frequentassem lições Gender) não tem absolutamente nada a ver com ‘ não gostar de sexo’ (como insinua maliciosamente o Sr. Braga: e’ típico do ativismo progressista LGBT tentar logo deslegitimar o “não homologado” taxando-o de obscurantismo, fanatismo religioso, presumível alergia pelo sexo e outras simpáticas acusações), tem a ver, isso sim, com a liberdade de opinião, a liberdade de educação (o Sr. Braga saberá’ o que e’?) e a liberdade em geral que e’ aqui pisada e violada. Para além disso a questão e’ também:

  1. a) denunciar a introdução sorrateira – tipo cavalo de Tróia – da Ideologia Gender na Educação das crianças/jovens através de matérias tipo Cidadania e Desenvolvimento
  2. b) reafirmar que um assunto tão sensível como a ‘educação sexual’ diz respeito aos pais e não ‘a escola. Sobretudo se a “educação sexual” e’ usado para veicular a propaganda Gender e LGBT, como de facto esta’ a acontecer um pouco por todo o lado (o sonho do progressismo sempre foi o Estado único responsável e titular da Educação das crianças segundo a própria Ideologia onde os pais são totalmente exautorados da função educadora)

Qualquer pessoa honesta, crente ou ateia e de bom senso e não cegada pela ideologia não pode não concordar com o facto que a liberdade não deve e não pode ser oprimida por nenhuma ideologia. E’ portanto perfeitamente legitimo – para mais não tratando-se duma disciplina fundamental, ao contrario de português, matemática ou física – que um pai/mãe se recuse a expor os próprios filhos ‘ propaganda Gender, mesmo que proposta pela Escola. O contrario e’ fascismo (vermelho). E e’ grave que quem e’ educador não o entenda.

Marco Ferreira

1 COMENTÁRIO

  1. Texto muito bem explícito na qual eu me revejo…não tenho por hábito comentar noticias como a do pai que não quis que os filhos frequentassem a disciplina de CD pois normalmente a forma como chega até nós leitores aparece com os vicios de quem a divulga,no entanto este texto generalizou o assunto e tocou numa coisa que se está a evidenciar dum lado aqueles que pensam e querem seguir o seu caminho com as escolhas que vão fazendo ao longo da vida e do outro a tentativa de introduzir a ideologia à força de quem governa. O problema é que isto é de modas e as modas para quem trabalha na educação são complicadas de gerir,dou dois exemplos tive formação para introduzir a CD na educação pré escolar e uma das coisas que disseram era que deviamos deixar de perguntar se a criança era menino ou menina pois a sua constituição física poderia não se enquadrar com o seu “genero”biologico …a escola pública considerada laica continua a falar do “Natal” e algumas até organizam missas,mas como somos um país maioritariamants catolico os que se manifestam contra são logo ostracizados…por isso como mãe e como profissional de educação concordo perfeitamente que certos temas/matérias deviam ser excluidos dos programas educacionais e fossem remetidos para serem trabalhados em familia….

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