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As regras finais para as creches: DGS deixa cair limites fixos de distância e admite partilha de brinquedos

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O que hoje é, amanhã talvez já não seja! Não critico porque o desconhecimento perante o vírus é ainda grande!

Mas também não posso concordar com a abertura de creches perante um cenário tão incerto!

Fica a notícia com as novas diretrizes da DGS


Foram muitas as críticas feitas a uma primeira versão do guião orientador para a reabertura das creches, conhecido durante o fim de semana. E ainda que sejam mantidas apertadas normas de segurança, higiene e distanciamento, o documento final da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta quarta-feira, reformula algumas regras, dando mais margem de manobra a quem gere estes equipamentos sociais destinados às crianças dos 0 aos 3 anos e que podem começar a reabrir a partir da próxima segunda-feira.

Um dos pontos que mais contestação suscitou prendia-se com a formulação de que devia ser assegurado o máximo de distanciamento físico possível entre pessoas, referindo-se que essa distância tinha de ser de 1,5 a 2 metros. Na versão que agora seguiu para as creches, diz-se apenas que o número de crianças por sala deve ser reduzido, de forma a que seja “maximizado o distanciamento entre as mesmas, sem comprometer o normal funcionamento das atividades lúdico-pedagógicas”.

O máximo distanciamento possível também deve ser garantido quando as crianças estão em “mesas, berços ou espreguiçadeiras”. Este afastamento de segurança, explica ainda a DGS, pode ser garantido através da regra dos 1,5 a 2 metros de distância genericamente aconselhado para todas as situações do dia-a-dia ou por “outras medidas indicadas” no documento.

Outra das disposições que passou a estar redigida de outra forma, depois de ter gerado muitas críticas pela sua inexequibilidade, diz respeito à partilha de brinquedos. Se numa primeira versão se dizia que devia ser assegurado, “sempre que possível”, que as crianças não partilham objetos, a regra agora mantêm-se, mas com uma ressalva: os objetos podem ser partilhados se “devidamente desinfetados entre utilizações”.

Ainda em relação aos brinquedos, a ordem é para serem lavados regularmente, “pelo menos duas a três vezes por dia”. Os que não puderem ser lavados devem ser removidos da sala, assim como todos os acessórios não essenciais para as atividades lúdico-pedagógicas.

Entre as medidas de prevenção e controlo em creches e amas, também está previsto que as crianças deixem os sapatos à entrada, nas salas em que as crianças se sentam ou deitam no chão, devendo os pais levar calçado extra para uso dentro das instalações. Esta orientação também se aplica aos funcionários do espaço.

Outra das orientações para os pais passa por não deixar que os filhos levem brinquedos ou outros objetos não necessários de casa para a creche.

Quanto à norma de deixar portas e/ou janelas das salas abertas, de forma a assegurar a circulação de ar, também é mantida, mas com a ressalva básica de que tal só pode acontecer se estiver garantida a segurança das crianças.

Na hora da sesta, deve existir um colchão para criança e garantir que usa sempre o mesmo, separando os colchões uns dos outros e mantendo a posição dos pés e das cabeças alternadas.

As orientações da DGS também indicam que “todos os funcionários” devem ter formação relativa ao plano de contigência da creche e às medidas de prevenção e controlo da transmissão e que devem “usar máscara cirúrgica de forma adequada”.

Os pais têm também de ser informados em relação às novas normas em funcionamento na creches dos filhos.

Fonte: Expresso