Acreditamos que na vida a coerência entre o ato e pensamento é das características mais importantes do ser humano, juntamente com outras entre muitas como a compaixão e a tolerância.
No entanto, há uma total discrepância entre aquilo que se ouve nos corredores das escolas, se lê na(s) rede(s) sociais e o que depois se verifica nas ações dos professores.
É assim com tudo. Temos greves marcadas de 30 de novembro a 4 de dezembro, pelo STOP, e 9,10,11, pela Fenprof.
Claro que as desculpas começam logo pelo facto de serem perto dos feriados, como se fosse crime e sem repararem que o Governo adotou a mesma estratégia para tentar acalmar a pandemia, o menos prejuízo financeiro possível e a máxima rentabilização.
Outros criticam por serem vários dias, como se fossem obrigados a fazê-los todos. Na realidade o que temos é uma classe muito pouco coerente.
Com a segurança nas escolas é igual, todos se queixam! Mas fazer greve para mostrar o descontentamento? Não, que o dinheiro faz-nos falta!
O mesmo se passa com a possível chegada da vacina e a possível inclusão do pessoal docente e restante comunidade escolar na primeira fase de vacinação tendo em conta os serviço imprescindível que prestam à sociedade!
Então não é que os mesmos que passam os dias a pedir para que se fechem as escolas até que a pandemia passe são os mesmos que agora se recusam a tomar vacina, para que a pandemia passe! As desculpas são variadíssimas, nem vale a pena aqui escrever.
Mas este comportamento não vos parece estranho?
Nós defendemos ensino presencial até ao 2.º ciclo e daí para a frente ou misto ou a distância consoante o caso e o nível de propagação do vírus no concelho em que a cada escola está inserida.
Mas defenderem o fecho, sabendo que o ensino à distância para alunos mais novos não funcionou, apesar dos esforços, vemos agora que os recebemos após 6 meses em casa, até que venha se arranje uma solução e quando a arranjam, recusam?
Então, esperem lá, é legitimo ouvirmos, porque por uns pagam os outros, que os professores não querem é fazer nenhum e que nunca estão satisfeitos com nada! Sim porque são anos destas incoerências e atitudes menos corretas de alguns, inclusive dos sindicatos, que mancham aqui e ali a imagem de toda uma classe!
A culpa é essencialmente nossa! Os sucessivos governos fizeram o que fizeram, mas nós deixámos que isso fosse feito! E assim continuamos!
Sempre que me calo perante uma injustiça estou a abrir um precedente que não mais terá volta. Olhem o que aconteceu com os horários dos professores do primeiro ciclo. Uma vergonha. Por que razão? Porque fomos acatando…fomos acedendo, porque isto ou aquilo…
VozProf
Quando diz é um uma falácia… ou um silogismo. parte de premissas falsas para chegar onde quer chegar. LAMENTÁVEL. Diz: “Então não é que os mesmos que passam os dias a pedir para que se fechem as escolas até que a pandemia passe são os mesmos que agora se recusam a tomar vacina, para que a pandemia passe! As desculpas são variadíssimas, nem vale a pena aqui escrever”. Ora, meu caro. Não sei de que professores fala. No meu agrupamento, presido ao conselho de docentes e… dos 53 que lá estão, todos querem aulas presenciais. E quando alguns tiveram de ficar confinados e a dar aulas pela internet… estavam sempre a rezar para voltar para a escola. Não sei como é capaz de atribuir aos professores (como se os tivesse auscultado) as “invenções” que expressa no seu discurso!
Na equipa somos vários em várias escolas e o que nos consta é o que vai no texto. Se for ver os comentários nas redes sociais perceberá que o que nos ouvimos é o mesmo que muitos outros ouvem e lêem também. Bom que haja, porque há muitos a não agir assim…
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